Há alguns dias enquanto eu procrastinava pela internet descobri esse vídeo do John Green, onde no final ele fala essa frase que juntamente com uma discussão com a Dana do blog ConversaCult, me fez querer escrever para cá. E no final das contas isso é apenas uma extensão e discussão do vídeo e da conversa, que eu quis compartilhar.

Oi meu nome é Helena, e essa é a coluna do ZNN. Quer descobrir qual a frase que deu inicio a tudo isso de uma certa forma? Clica aí embaixo e vem comigo!

ATENÇÃO ESSE POST CONTÊM SPOILER DE JOGOS VORAZES- A ESPERANÇA.

Bem, que independente do tempo que eu passe longe, independente das publicações com cara de rascunho, das  decepções, que o meu amor por livros continua, isso é um fato. Continua porque há tantos outros que compensam os que decepcionam. Mas eu nunca tinha me peguntado porque eu amo livros, até eu me perguntar "como começar esse post? como desenvolver o que tá na minha mente?" E acabou que parte da resposta é o que eu quero falar aqui.

Eu amo livros porque eles me emocionam de todas as formas, porque me apresentam mundos, possibilidades,ampliam horizontes, abrem mentes [...] E pela interação com discussões, pessoas, e ponto de vistas que eles me proporcionam.

Books ♥

Parte da genialidade de um livro está nas discussões que vamos ter com nossos amigos sobre ele, nos textos de fãs, nas interpretações de outras pessoas. Então é um conjunto de leitores que vão ver a mesma história de formas diferentes graças às suas próprias vidas e a singularidade disso, e cada uma delas vão nos mostrar visões e chamar nossa atenção para algo que não tínhamos notado.

Eu posso odiar quando todo mundo está falando do mesmo livro, e usando as mesmas frases em publicações em todas as redes sociais já conhecida pelo homem, em legendas de fotos que não condizem em nada, em citações absurdas fora de contexto, frases essas que vão perder a grandeza quando EU estiver lendo esse livro, posso odiar os spoilers, MEU DEUS EU ODEIO tudo isso.


Mas não posso odiar ou ignorar o fato de que eu GOSTO das coisas que essas incessantes discussões vão trazer.

Não posso ignorar que se não fosse uma legião de pessoas e fãs falando incansavelmente de Jogos Vorazes (ninguém está dizendo que THG não é bom, aqui) e abafando outras distopias, eu nuca teria tido acesso a entrevistas* e análises que me fizeram perceber o motivo da Katniss ser a Mockingjay, melhor, ter esse nome, que assim como o pássaro ela é algo que a Capital não planejou. Jogaram-na no distrito 12 sem grandes recursos e pensaram que ela não traria risco algum. Ou mesmo sobreviveria. Mas ela existe graças aos eu desejo de sobrevivência.
*porque a divulgação indireta, faz com que há mais interesse em entrevistar os autores e interesse em traduzir essas entrevistas. Se não fosse uma delas que me fizesse achar interessante a visão da autora sobre o fim da trilogia eu nunca teria lido Divergente.

Ou percebido que é sobre guerra, que a guerra não é justa, pessoas morrem o tempo todo, sem atenção, sem amigos chorando ao seu lado, e que os outro precisam seguir em frente sem terem o direito de chorar (lê se morte do Finnick aqui) porque eles estão em perigo também. Que você no fim das contas mal vai saber quem é o inimigo (Gale o que você fez??).

Eu poderia ficar aqui a noite toda escrevendo sobre isso, quando eu mal lembro do último livro, A Esperança, ou mesmo dos outros dois primeiros, e sim é ruim eu não lembrar, mas é só a prova que tudo isso mesmo que eu tenha notado na minha leitura, só está vivo na minha mente por causa das manifestações de outras pessoas sobre o assunto.
Ok, não esse tipo de manifestação.
Outro exemplo muito claro é o fenômeno que foi o livro A culpa é das estrelas, e eu não vou exemplifica-lo aqui também, porque seria muito longo.  Mas voltemos ao Green, para que eu possa dizer que o único motivo de que eu sempre gosto dos livros deles (não inclua o conto em deixe a neve cair) é porque há sempre algo por tás. Mesmo que algo na história principal, no decorrer de acontecimentos tenha deixado algo a desejar, não te agrado, não me agradado, eu acabo gostando pelas metáforas (e por favor não seja uma pessoa que acha que só o Waters é um adepto delas), e profundidade dos pensamentos. E é essa profundidade que eu descubro em outros livros graças à discussões. Porque nem sempre é claro.

"O que eu acabei percebendo é que o verdadeiro negócio dos livros não é feito por comitês de premiações, por pessoas que transformam árvores em papel, por editores, por agentes ou até mesmo por escritores- nós todos somos apenas facilitadores.O verdadeiro negócio é feito pelos leitores [...]"-John Green.

Então em  algum grau além de entretenimento, meio de informação e de adquirir conhecimento, livros são mediadores entre pessoas. São pontes entre mundos, e não o real e o fictício, mas entre dois mundos reais, entre pessoas.  E é legal perceber que quanto mais você fala e entende algo, mais você cria um vínculo afetivo com ele.


-helena guimarães

Nota importante: Entrevista com a Suzanne Collins, foi aí que eu descobri sobre a grandiosidade da relação entre a Katniss e os Mockingjays.
Achei essa entrevista no blog ConversaCult, nesse post aqui.

0 comentários:

Postar um comentário